O que muda nas regras de transporte de pets nas companhias low-cost

Viajar com pets tem se tornado cada vez mais acessível, especialmente com a chegada e crescimento das companhias aéreas low-cost no Brasil. No entanto, as regras para transportar animais nesse tipo de empresa costumam ser diferentes — e, muitas vezes, mais restritivas — do que nas companhias tradicionais.

Se você pretende voar com seu pet pagando menos na passagem, é fundamental conhecer as políticas específicas dessas companhias.

Companhias low-cost no Brasil: quem são?

No Brasil, duas companhias se destacam no modelo low-cost: Azul Conecta (subsidiária regional da Azul) e JetSMART, que iniciou voos nacionais no país em 2024. Além disso, empresas como a GOL e a Azul Linhas Aéreas têm incorporado estratégias de baixo custo, embora sejam consideradas companhias regulares.

Já na América do Sul, outras low-cost que operam voos entre países e também para o Brasil incluem Sky Airline (Chile) e a própria JetSMART (Chile e Argentina).

Cada uma possui suas próprias políticas para transporte de animais, que podem mudar com o tempo e precisam ser consultadas antes da compra da passagem.

Referência: JetSMART – Transporte de Mascotas

Quais as principais mudanças nas regras?

  1. Limite de peso mais restrito
    Enquanto companhias tradicionais permitem pets de até 10 kg na cabine (incluindo a caixa de transporte), companhias low-cost geralmente estabelecem um limite de 8 kg ou menos, o que restringe o transporte de animais um pouco maiores.
  2. Quantidade limitada de animais por voo
    É comum que companhias low-cost aceitem apenas 1 ou 2 pets por voo, o que exige que o tutor reserve com bastante antecedência. Esse número pode variar conforme o tipo de aeronave e o destino.
  3. Taxas adicionais
    O transporte de pets nas low-cost nunca está incluso na passagem e exige o pagamento de uma taxa adicional. Por exemplo, a JetSMART cobra cerca de R$ 200 a R$ 250 por trecho para transporte de animais na cabine, dependendo da rota.
  4. Reserva antecipada obrigatória
    Diferente das companhias tradicionais, em que o transporte pode ser solicitado após a emissão da passagem, as low-cost exigem que a solicitação seja feita durante a reserva ou imediatamente após a compra do bilhete. Caso contrário, o embarque do pet pode ser recusado.
  5. Menor flexibilidade de cancelamento
    Em algumas empresas, como a Sky Airline, o valor pago pelo transporte do pet não é reembolsável, mesmo que a viagem seja cancelada. Portanto, é importante ter certeza dos planos de viagem antes de solicitar o serviço.

Referência: Sky Airline – Transporte de Animais

Exigências básicas continuam valendo

Apesar das mudanças nas regras operacionais, os documentos obrigatórios continuam os mesmos:

  • Atestado de saúde veterinário, emitido até 10 dias antes do voo
  • Carteira de vacinação atualizada, com vacina antirrábica válida
  • Caixa de transporte homologada, com tamanho compatível com os padrões da empresa

A caixa deve permitir que o animal fique em pé, vire-se e deite com conforto. Além disso, deve ter boa ventilação, ser resistente e caber sob o assento à frente do passageiro.

Dicas para quem vai viajar com pets em low-cost

  • Verifique as regras específicas da companhia antes de comprar a passagem
    As informações estão sempre nos sites oficiais e podem mudar conforme o país e o tipo de voo.
  • Reserve a vaga do pet o quanto antes
    Como o número de animais permitidos por voo é pequeno, deixar para a última hora pode significar não conseguir embarcar com seu pet.
  • Leve sempre os documentos impressos e digitais
    Apesar de não ser obrigatório o formato digital, pode facilitar em caso de perda de documentos físicos.
  • Pese seu pet com a caixa antes da viagem
    Isso evita surpresas no aeroporto. Muitas companhias conferem o peso com balanças no momento do check-in.

Conclusão

Viajar com pets em companhias low-cost é possível, mas exige um pouco mais de planejamento. Com regras mais rígidas e limites operacionais reduzidos, é importante se antecipar e conhecer bem as exigências da empresa escolhida. Apesar das restrições, essa pode ser uma ótima alternativa para tutores que buscam economia e desejam levar seus animais em curtas ou médias distâncias.

Ficar atento às regras atualizadas e manter a documentação em dia é a melhor forma de garantir que a experiência seja positiva tanto para você quanto para seu pet — mesmo pagando menos pela passagem.

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